Sem hesitação, Abigail abriu o pacote. Ela estava atrasada para a primeira aula da manhã, mas ela não se importava (nunca se importou). Lá dentro encontrou uma agulha tal qual nunca vira e três carretéis de linha. Costura é algo tão alienígena, não tenho idéia do que fazer com isso. Pra que vovó me deu isso? A agulha lhe parecia grande demais, por comparação. Deve ser para costurar tecidos duros e diferentes, vai saber. Tão brilhante! AI MERDA. Uma pequena gota de sangue escorre pela agulha que cai de volta no pacote de grosso papel pardo, que é enfiado sem cerimônia ou carinho na mochila.
Abigail corre para o ponto de ônibus, completamente alheia ao horário ou ao brilho azul-esverdeado da agulha.
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