sexta-feira, 15 de julho de 2011

Epsilon Corvis III - Vesuvius

Rebeca Dieyi já sabia o que a esperava no fim daquele turboshaft. Reprimanda. Humilhação. Suas cotas de érbio e disprósio estavam abaixo do esperado para o trimestre, e ela só podia culpar a si mesma. Nunca deveria ter trazido minha família para Vesuvius, torturava-se.

De fato, Épsilon Corvis III, mais recentemente batizado como Vesuvius, é a nova galinha dos ovos de ouro para Casa Triskelion, e consenquentemente para Doelle & Lorian, Inc. Ilya Triskelion em pessoa estava no planeta no momento, supervisionando as intalações dos Engenhos Crioaritméticos. Cada Engenho, ocupando aproximadamente 200 metros quadrados, era um crime grave contra o universo na opinião de Rebeca. O trabalho da máquina infernal é utilizar de um paradoxo de computação quântica para criar um infração controlada da segunda lei da termodinâmica, resfriando o universo a sua volta. Ela ainda não havia esquecido o desastre em Sigma Parvati quando um desses monstros apresentou uma falha catastrófica. "Mas isso foi há 60 anos minha cara" Lady Ilya tentava apaziguá-la, "A tecnologia foi refinada desde então. Veja como conseguimos diminuir os Engenhos! De "colossal" para simplesmente "bem grande" em apenas meio século.".

Mas os Engenhos eram a última das preocupações de Rebeca agora. Desde que Hélio e as meninas haviam chegado, sua vida consistia em resolver crises, ou nas Arqui-Extratoras, nas refinarias, nas nanoforjas ou, e de longe as mais sofridas, em casa. Hélio não conseguia se adaptar. A sociedade de Vesuvius não tinha espaço para um xenolinguista ou Hialo-artista de 0g, as principais ocupações de seu marido. Os Triskelion valorizavam imensamente a companhia de Hélio, mas nunca estavam tempo o suficiente no planeta para fazerem o papel de amigos ou patronos de forma satisfatória. Rebeca observava assim seu marido dar um pequeno passo para a depressão a cada dia passado.

Ela não acreditaria se vocês contassem a ela que daqui a um mês-padrão, estes dias negros seriam lembrados com saudade por todos que chamavam Vesuvius de lar.

Never Really Beginning, Never Really Ending

Always and ever, we only got Five Years.

Há algum tempo atrás, antes de mais um dos ritos de passagens do tipo de vida que escolhi, fiz uma promessa a mim mesmo: voltar a escrever.

Escrever sempre foi algo que me deu prazer, e sempre que tive a sorte de cativar alguém com algum pedaço de prosa ou poesia foram momentos realmente saborosos, realmente prazerosos.

Mas não sei se existe muito espaço para o tipo de coisa que gosto de escrever atualmente. Olhando a blogosfera brasileira e de língua portuguesa em geral, vejo que a grande maioria dos blogs mais visitados são exatamente o tipo de fabricação superficial que não me agrada muito.

Então minha decisão é escrever o que me agrada, seja lido ou não, apreciado ou não. E muitas das postagens serão em inglês, porque infelizmente o público pra Sci-Fi/Fantasia é muito maior entre os anglófonos do que entre lusitófonos. Pena.

Então, se você está lendo isso e ficou curioso, nos visite às segundas, quartas e sextas, que prometo que você encontrará algum pedaço dos meus mundos internos. Absolutamente irreais, e absoltamente sinceros.

Qualquer semelhança com a realidade é pura e indesejada coincidência.

LLAP!